Redação na integra: ALUNA DANIELLE ERROBIDARTE DE MATOS - 9º C
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CAPIVARAS DO AMOR
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Era um final de tarde caloroso à beira de um lago típico da Cidade Morena, um bando de animais pouco conhecidos atravessava pela movimentada avenida, onde veículos modernos passavam em alta velocidade sem dar importância a qualquer transeunte.
Eu, admirada com o local encantador, olhava em torno dele. À direita, uma famosa construção de ensino universitário que por dentro dela poderia ter uma visão ampla daquele mundinho de especialidades. A minha esquerda um intenso verde de uma mata toda delicada e bem feita.
Num outro instante, sinto um balançar do carro que estava parando para uma situação exótica, talvez não vista tão comum nos outros estados do país, era o passar simpático de capivaras charmosas que se utilizavam da faixa de pedestres a minha frente, um desfile de raridade e beleza. Dentre elas estavam várias gerações: mães, filhotes, machos e fêmeas, e o mais curioso é que o chefe, que todavia era o maior, mais forte e disciplinado, guiava o grupo.
O carro onde estava parou, mas os de trás buzinavam com pressa, queriam rapidez, já que era horário de pico. Para os homens daqueles automóveis elegantes foi um fato estressante, mas para mim a melhor sensação que uma pessoa que more numa cidade - capital próximo ao Pantanal poderia ter em relação ao lugar escolhido para se viver.
Diante de tanto encantamento vivenciado, vejo que sou o único naquele instante a observar atento aqueles seres frágeis e impressionantes da natureza, a humanidade em meio às preocupações do cotidiano: trabalho, escola, família, violência, contas a pagar, perde tudo isso e deixa de ver a simplicidade nas mínimas coisas da criação divina, surge então um ser isolado e depressivo vivendo entre muros e arranha-céus.